A Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Epidemiológica de Ouro Verde estão em estado de alerta total após o surgimento do primeiro foco do Aedes Aegypti no município em 2017. A atenção dos profissionais foi redobrada desde o início do mês quando foi feita a captura de larvas do mosquito em uma armadilha instalada na área urbana.
“Temos um total de seis armadilhas e, em uma delas, no momento de fazer a coleta das larvas suspeitamos que fosse do mosquito Aedes Aegypti. Então encaminhamos no mesmo dia essas larvas para análise ao Lacem de Chapecó e no outro dia já foi confirmado que era do mosquito da dengue”, explicou a responsável pelo setor de Vigilância Sanitária, Dirlei Pasini Guiotto.
Segundo Dirlei, após a confirmação pelo laboratório de Chapecó, as agentes de saúde do município reforçaram o trabalho de fiscalização nas residências e terrenos baldios, especialmente em um raio de 300 metros do local de onde foram coletadas as larvas.
“Estamos visitando todos os locais, orientando e deixando a população em alerta, porque se tem a larva do mosquito, o mosquito também está no nosso município. Então todo mundo deve tomar os cuidados não deixando nada que acumule água, fazer a limpeza dos terrenos e cobrir as caixas de água”, recomendou.
Dirlei ressalta que esse é o primeiro foco do mosquito registrado este ano em Ouro Verde e pede novamente a colaboração da população para que ajude na fiscalização.
“Por mais que a Saúde faz todo o trabalho de campo, a melhor coisa é cada um fazer a sua parte, cuidar da sua propriedade, seus quintais e terrenos baldios para que não tenhamos mais nenhum foco. Agora é o momento é de muita atenção porque o verão apenas está começando”, enfatizou.
COMO IDENTIFICAR O MOSQUITO
O Aedes Aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. Menor que os mosquitos comuns, é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho alimenta-se exclusivamente de frutas e a fêmea necessita de sangue para o amaduremento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies de água limpa. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva.
Ascom Ouro Verde