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Projeto que envolve mulheres de Passos Maia é escolhido como modelo de negócio inovador

Grupo se destacou como uma das ações com impacto positivo na conservação da biodiversidade brasileira

Um projeto de geração de trabalho e renda que envolve mulheres de Passos Maia foi escolhido como uma das melhores ideias de negócio com impacto positivo na conservação da biodiversidade brasileira. Em andamento desde 2013, o grupo conhecido como “Amigas dos Roxinhos” foi um dos vencedores do desafio de empreendedorismo inovador realizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a Innonatives, plataforma europeia de inovação aberta para soluções sustentáveis.

O Amigas dos Roxinhos ficou em segundo lugar, garantindo uma premiação de € 1 mil (R$ 3.290 na cotação desta quinta-feira, dia 16). A ação se desenvolve paralelamente ao projeto de reintrodução do papagaio-de-preito-roxo no Parque Nacional das Araucárias, área de preservação ambiental localizada entre os municípios de Passos Maia e Ponte Serrada. O projeto é coordenado pelo Instituto Espaço Silvestre, que tem à frente a bióloga Vanessa Tavares Kanaan, responsável por conduzir a equipe que acompanha periodicamente as atividades na região.

Formando um grupo de cinco mulheres, moradoras do entorno do parque, as empreendedoras do Amigas dos Roxinhos produzem peças de artesanato como camisetas, chaveiros, lixeiras de carro e ímãs de geladeira. Todos os produtos são comercializados pela internet, lojas e pontos turísticos. Cada peça é inspirada principalmente no papagaio-de-peito-roxo e na araucária.

“O negócio nasceu como complementação do trabalho de reintrodução do papagaio-de-peito-roxo que fazemos no Parque Nacional das Araucárias”, conta Vanessa. “A ideia principal sempre foi trabalhar com as aves, mas percebemos que se não atuássemos com a comunidade, com conscientização ambiental e geração de renda, não estaríamos diminuindo as ameaças, como o tráfico de animais”, explica.

A estimativa é que a renda gerada pelo grupo já tenha aumentando 62% desde 2013, quando a ideia foi colocada em prática. “Essa integração de negócio e conservação foi um dos pontos que contribuiu para que a empresa das Amigas dos Roxinhos fosse selecionada no desafio”, diz Guilherme Karam, coordenador de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário.

A importância do negócio para a comunidade é ratificada por Jozi Telles. Além de ser mais um canal de conscientização da população, a coordenadora e designer do Amigas dos Roxinhos garante que o grupo já é responsável por garantir renda às famílias das participantes. “Hoje eu tenho um lucro a mais, sem contar que é uma terapia. É muito bom quando a gente faz alguma coisa com amor e todo mundo gosta”, completa.

Jhonatan Coppini – Ascom Passos Maia