Com o objetivo de montar um estratégia no controle do mosquito Aedes Aegypti em Abelardo Luz, representantes da Prefeitura Municipal, entidades, organizações, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estiveram reunidos, nesta quarta-feira(3), no auditório da Secretaria de Saúde. Uma força-tarefa foi montada e serão realizadas várias atividades com o intuito da prevenção.
A Secretária de Saúde Queila Barreta, explicou a importância das ações estarem nesse momento focadas na prevenção. “Em 2015 foram detectados 16 focos do mosquito da dengue em nossa cidade. Somente este ano já são 11 focos”, diz. Outro alerta importante são dois casos de suspeita de dengue em abelardenses que estão esperando resultados das análises laboratoriais. “Esses dois pacientes estavam fora do município e podem ter contraído o vírus. Estamos aguardando os resultados dos exames, mas é preciso aumentar os cuidados”.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. As doenças têm gravidades diferentes. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo sete dias. Apesar de os sintomas serem mais leves do que os de dengue e chikungunya, há a relação do vírus com a microcefalia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou na segunda-feira estado de emergência sanitária mundial por conta da ameaça do zika vírus. O alerta surge principalmente em função da provável ligação entre o vírus e a microcefalia, que tem aumentado no Brasil. Há 270 casos confirmados em bebês brasileiros e 3.449 suspeitos desde 2015.
Luciane Bosenbecker – Ascom Abelardo Luz