Evento realizado pelo segundo ano seguido teve 24 grupos, com centenas de famílias reunidas
Enquanto uns ajudavam a acender o fogo, outros tinham os espetos em mãos com a carne pronta para ser assada. Nessa altura a caipirinha já rodava pelas mãos da vizinhança. Papo vai, papo vem, a maionese era mexida até dar o ponto. De sobremesa, os tradicionais pudins e sagu não faltaram. Música, piada, baralho. Crianças, jovens e adultos. A diversão foi completa. Tomou conta de centenas de famílias que participaram neste domingo, dia 15, do Dia do Vizinho em Ponte Serrada, festa organizada pelo Departamento de Cultura do município.
Muitos se reuniram ainda cedinho. Tomaram até o café da manhã juntos. Em rodas de chimarrão e ao sabor de quitutes, conversa que não teve fim. Refrigerante e suco para as crianças. Vinho aos adultos que não fugiram do velho hábito. Até o calor atípico para a época do ano foi motivo para que os mais chegados àquela geladinha estalassem um lacre após o outro. Verdade é que ao final do dia o que mais cairia bem seria um quentinho chá digestivo, tamanha fartura sobre as mesas.
“Todo mundo se divertiu. Acho que essa festa tinha que acontecer duas vezes por ano”, disse o diretor do Departamento de Cultura, Anildo Ribeiro Morais (Serraninho), comemorando o sucesso da segunda edição consecutiva do evento. “Foi tudo muito dez, o pessoal brincando na rua, são coisas que faltam no dia a dia para enturmar mais os vizinhos, porque na hora de algum problema, o primeiro que você vai se socorrer é o vizinho”, lembrou.
Serraninho também aproveitou para fazer um agradecimento a todos que participaram e colaboraram com a organização da festa. O Departamento de Cultura distribuiu 35 fardos, com 287 unidades de refrigerantes da linha da Coca Cola para todas as famílias. “Estão todos de parabéns. Nosso muito obrigado. Foi mais uma vez um sucesso”, completou.
Vizinho é o melhor parente
As ruas foram fechadas com cordões de isolamento. Lonas serviram para se proteger do sol. Dona Inês Pavan, moradora da Rua Ângelo Pavan, emprestou a casa para reunir a vizinhança. “Arrumamos a rua, enfeitamos. Os homens fizeram a carne e as mulheres a parte da cozinha, salada, maionese, sobremesa, bolo, tudo o que tem direito”, contou.
A festa por lá começou por volta das 7h30 da manhã. “Ano passado foi de última hora, mas agora a gente se programou”, disse a dona de casa, que garantiu valer a pena a integração. “A gente conversa uma vez por ano com certos vizinhos, porque todo muito trabalha e não tem muito tempo de se visitar”, acrescentou. A moradora ainda deu a receita para uma boa vizinhança. “É a gente ser sincero com as pessoas, respeitando o direito de cada um. Quando um vizinho precisa, temos que ajudar. Quando a gente precisa, também podemos pedir ajuda, porque o melhor parente é o vizinho”, finalizou dona Inês.
Jhonatan Coppini – Ascom Ponte Serrada