Equipes da administração municipal acompanham problema de perto em busca de solução
A Defesa Civil e a Secretaria de Infraestrutura de Passos Maia estão trabalhando já há vários dias em busca de uma solução para um problema gerado pelas fortes chuvas que caíram sobre o município entre o final de abril e início de maio. Fendas em uma estrada que dá acesso a uma propriedade rural começaram a surgir, causando o risco de desmoronamento.
A granja do senhor Edeval Rodrigues de Moraes, localizada próxima ao parque industrial, está agora em uma área de risco. A encosta ao lado, onde inclusive passa a estrada de acesso à propriedade, vem se movimentando. "É preocupante porque eu tenho a família para manter, os filhos que têm que estudar", disse o proprietário, que aos 54 anos trabalha e mora no local junto com a esposa e dois filhos.
A administração municipal conseguiu na última semana trazer o geólogo Leonir Beninca (Pena), que trabalha na Cidasc, para avaliar o problema. "O que se verificou é que em função da quantidade de chuva que houve, está abrindo fendas de grande monta, provavelmente um movimento de massa, onde se não tomar medidas de precaução para evitar, pode haver um prejuízo maior e até levar o aviário inteiro à destruição", afirmou Pena.
A Defesa Civil de Passos Maia já recebeu o apoio da Secretaria de Infraestrutura e da Coplavale para amenizar os riscos. Lonas foram colocadas para cobrir o solo. O procedimento evitar que a água da chuva penetre e torne o terreno ainda mais suscetível a um desmoronamento. "As lonas evitam a infiltração direta das águas da chuva. É uma boa medida temporária, mas agora tem que providenciar uma obra definitiva", analisou o geólogo.
Integrante da Defesa Civil do município, Cleusa Gabiatti está monitorando o local desde o início. Ele revelou que o tamanho das fendas aumentou. Agora o trabalho é pela busca de uma equipe especializada de profissionais para o apontamento de uma solução. "A Defesa Civil tem monitorado diariamente as fendas, que já aumentaram mesmo sem chuva. Inclusive o prefeito Ivandre Bocalon esteve nos primeiros dias e colocou toda a estrutura da administração para tentar resolver o problema", afirmou Cleusa.
Uma reunião na Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Xanxerê é pretendida para que uma equipe da Defesa Civil do Estado possa fazer um estudo mais apurado no local. Na comunidade desde 1970, seu Edeval, que chegou a movimentar R$ 1 milhão em ovos no ano passado, confia em uma solução. "Minha renda é o aviário, abandonei tudo, o grão, gado de corte para ficar só com a granja", contou.
O local no momento está sem aves. A retirada foi adiantada em 30 dias por conta dos riscos. Como o próximo alojamento no aviário já está previsto para agosto, a corrida é contra o tempo em busca de uma solução para o problema. "Espero que até a data possa estar resolvido", desejou Edeval.
Jhonatan Coppini – Ascom Passos Maia