Mais de 400 famílias se inscrevem para construir casa própria em Ponte Serrada

Processo de triagem agora será realizado para definir quem se enquadra no programa

O número elevado de famílias que se inscreveram sonhando com a casa própria revela o déficit habitacional existente em Ponte Serrada. Foram mais de 400 cadastros realizados ao longo de três dias no Cras do município. As inscrições ocorreram entre a última terça e esta quinta-feira, dia 24.

Por intermédio da Cooperativa Habitacional Novo Lar, os beneficiados terão a própria casa através do programa Federal Minha Casa, Minha Vida, que custeia boa parte da moradia, restando ao proprietário uma pequena parcela de investimento.

Conforme explica o diretor da cooperativa, Ivaldo Sulsbach, os cadastros desta semana foram feitos em três grupos: um com famílias que já têm o terreno, outro com as que não o possuem e ainda com aquelas com renda acima de R$ 1,6 mil, neste caso, encaixado no modo tradicional de financiamento, com juro de 4,55% ao ano.

Ao longo dos três dias, além da casa, compareceram pessoas com interesse em apartamentos. Segundo o diretor, a cooperativa também intermedeia esse tipo de habitação. Ele afirma que agora é estudar as possibilidades, inclusive depois abrindo a oportunidade para o ingresso de pessoas que nem foram fazer o cadastro nesta semana.

Processo de triagem

Um processo de triagem para definir quem se enquadra nos principais requisitos do programa será feito pela equipe da cooperativa e do Cras do município. Conforme explica Ivaldo, há uma série de critérios para que a família possa se enquadrar e ser beneficiada com o Minha Casa, Minha Vida.

Ele aponta que famílias com deficientes, por exemplo, têm prioridade. Outro critério é quando a mulher é chefe da casa. Além disso, há prioridade para famílias oriundas de calamidade pública e também com pessoas acima de 60 anos. Já aos solteiros, o diretor adianta ser mais difícil. "O Ministério das Cidades aceita no máximo 5% das pessoas que farão parte do grupo".

Formação dos grupos

Os beneficiados vão compor grupos de famílias. Ivaldo explica que para as construções dispersas, ou seja, executadas em bairros diferentes, os grupos serão de no máximo 25 famílias. "Em núcleo habitacional poderá ter até cem famílias", diz. Ele afirma que a intenção é formar ao menos três grupos, sendo um de pessoas que já têm o terreno e outros dois de famílias que ainda não possuem local para construir.

Investimento

Vendo o programa como um dos melhores existentes no mundo para a habitação, Ivaldo explica que as formas de pagamento das casas são diferenciadas. As famílias com renda de até R$ 500 ou mesmo sem renda pagarão 120 prestações fixas de R$ 25, totalizando R$ 3 mil ao todo. Já as famílias com renda entre R$ 500 e R$ 1,6 vão pagar 5% do valor da renda, também durante dez anos. "Quem tem renda de mil reais vai pagar 50 reais por mês", exemplifica.

Contrapartida

O custo excedente para a construção da moradia será subsidiado pelo programa do governo federal. O diretor aponta que para os terrenos onde já há rua pavimentada, a liberação será de R$ 49 mil por casa. Já onde ainda não há pavimento, o governo federal deverá liberar R$ 45 mil.

Início das obras

Depois da triagem, as famílias classificadas serão chamadas para tratar sobre o andamento do processo e o início efetivo das obras. Os passos serão basicamente a montagem dos projetos sociais e de engenharia para serem encaminhados à Caixa Econômica Federal. "A Caixa faz uma seleção prévia, manda para o Ministério das Cidades, que analisa, aprova o projeto e dá 90 dias de prazo para o início das obras, com mais quatro meses para a conclusão". Ivaldo estima que os primeiros projetos sejam encaminhados ainda neste ano, com a liberação e o início das construções em 2014.

Jhonatan Coppini – Ascom Ponte Serrada