"Tem sido provado no mundo todo que o fato da pessoa conhecer sobre droga não a inibe de utilizar. Então, informação não muda comportamento. O que muda comportamento é a educação". A afirmação é do especialista em dependência química, Dr. Luiz Renato Carazzai.
Carazzai esteve em Ponte Serrada na noite de quarta-feira (15) a convite da Secretaria de Saúde e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). A palestra marcou o início das atividades do Programa de Prevenção as Drogas, idealizado pela Psicóloga Sandra Regina Catapan.
Quando cita as drogas, o médico psiquiátrico fala de drogas lícitas, como álcool, remédios indutores ou redutores de sono, de apetite, calmantes e as drogas ilícitas como maconha, cocaína e outros alucinógenos. Falando especificamente de álcool e drogas ilícitas, para Carazzai, o primeiro sintoma da dependência é a capacidade de tolerância. O organismo que tem maior tolerância é aquele que tem maior capacidade de metabolizar a droga. "Nestes casos, a pessoa volta a consumir novamente em curto espaço de tempo por acreditar que não lhe causa prejuízo. Logo, será um dependente", afirmou.
O palestrante falou sobre formas de abordagem para auxiliar os dependentes, o tratamento e também sobre a forma como a família pode auxiliar. Disse ainda que a educação deve ser preventiva e reunir, em um trabalho conjunto, família, poder público, escolas, segmentos organizados da sociedade. Também afirmou que as famílias que incentivam a religiosidade e a prática de esportes e de lazer entre os filhos estão dando uma contribuição significativa para que os mesmos possam permanecer longo das drogas.
O Programa de Prevenção as Drogas tem como meta trabalhar com pais e mães. Algumas das atividades serão desenvolvidas em parceria com o Programa Proerd e com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). A próxima atividade do projeto será uma palestra reunindo famílias dos Bairros CTG e Vida Nova. A secretária de Saúde Adriana Paveslki elogiou a iniciativa do grupo que estará à frente do projeto e disse que o trabalho terá reflexos positivos na área social e da saúde.
Adriana Panizzi – Ascom Ponte Serrada