Mesmo com as chuvas da última semana, a agricultura de Ipuaçu continua contabilizando prejuízos. É o que conta o agricultor Marcos Balen que tem seis hectares de milho plantado e já perdeu nessa cultura mais de 40%, na soja 10% e no leite 10% também. Ele também tem financiamento e não sabe o que vai fazer caso não chova logo.
As perdas no município afetaram as plantações de milho, feijão, suinocultura, avicultura, soja e a produção de leite com a falta de água nas pastagens. O milho vai ter um déficit de até 50% no momento da colheita e na produção de leite, mais de 10% de perdas.
Segundo o prefeito municipal de Ipuaçu Denilso Casal, uma equipe da Secretaria de Agricultura trabalhou 14 dias puxando água nas granjas com maiores necessidades para diminuir o problema. "Não conseguimos atender da maneira que queríamos, pois o município não tem uma estrutura montada para atender essas situações, mas fizemos da melhor maneira possível", disse o prefeito. Muitos agricultores têm débitos junto aos bancos e cooperativas e segundo Denilso, deve haver uma solução conjunta entre governo federal e estadual para essas dividas.
Ipuaçu decretou situação de emergência ainda em dezembro. Mais de um mês ficou sem chuva o Município. O Governo Estadual liberou 10 mil reais para Ipuaçu, mas de acordo com o prefeito, foi pouco perante a situação que o município se encontra. "Somente as medidas conjuntas dos governos é que vai amenizar os prejuízos desses agricultores", declarou Denilso.
O Secretário Municipal de Agricultura Flávio Levisnki explica que a recuperação dos produtos, com os poucos dias de chuvas, pode ocorrer, mas não deve solucionar e amenizar as grandes perdas.
O Engenheiro Agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura Voldinei Zanella comentou que se não chover até a próxima semana, a secretaria deve transportar água para algumas comunidades: "vamos levar água principalmente para as pessoas que tem chiqueiros e aviários, pois em alguns locais, as nascentes já secaram".
O prefeito avaliou que o município também perde com essa estiagem. "A produção esperada não vai acontecer e automaticamente nosso movimento econômico também deva diminuir", falou Denilso.
Alexandra Gregianin – Ascom Ipuaçu