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Terapia comunitária auxilia grupos em Ipuaçu

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Com o objetivo de trabalhar o problema para posteriormente não se tornar doença a terapia comunitária esta se expandido em Ipuaçu.

A assistente social Joselha Dal Bello e a técnica de enfermagem Maria Bordignon realizam cursos para depois aplicar aos grupos.

A terapia consiste em reunir pessoas, participar de vivências, trocar experiências e conhecimentos. É caracterizado por um espaço de convivência social onde os participantes têm a oportunidade de falar de seus problemas e assim encontrarem apoio do grupo. O que é comum acontecer é que uma pessoa pode apoiar outra por ter vivenciado e encontrando solução para os mesmos problemas.

Alem dessa troca de conhecimentos, nos encontros também acontecem brincadeiras e dinâmicas, "o que torna os encontros mais leves e as pessoas se sentem mais a vontade para expressar os sentimentos", afirma Joselha.

A terapia reúne pessoas de todas as idades, fazendo uma roda e quem quiser, pode falar dos problemas vividos. Assim é escolhida uma causa ,por votação para o debate. O grupo acolhe e trocam experiências sobre o mesmo problema.

São trabalhados seis módulos. Os encontros iniciaram em abril com o primeiro modulo.

A Terapia Comunitária é uma proposta nascida na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, desenvolvida pelo Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto, psiquiatra, que hoje está em prática em muitos estados brasileiros e também no exterior. Ela tem se mostrado um excelente recurso para lidar com o sofrimento decorrente da exclusão social, pobreza e violência que atingem comunidades inteiras em nosso país. É um procedimento terapêutico de fácil acesso e viável para grandes grupos.

Saiba mais sobre a terapia:

A Terapia Comunitária utiliza estratégias de humanização e atenção primária da saúde, com objetivo de favorecer:

– A fala e a expressão do sofrimento das situações de crise;

– A dinâmica interna de cada indivíduo, para que este possa descobrir seus valores, suas potencialidades e tornar-se mais autônomo e menos dependente;

– A expressão dos conflitos, dúvidas, possibilidades de soluções embasadas na valorização da diferença e do referencial positivo;

– A criação de vínculos interpessoais e intercomunitários valorizando a cultura e a história dos grupos sociais;

– A união entre a família, o grupo social, e o grupo de trabalho; e

– O resgate cultural e da auto-estima dos participantes do grupo.

A Terapia Comunitária tem como alicerces cinco eixos teóricos, os quais são: o pensamento sistêmico, a teoria da comunicação, a antropologia cultural, a pedagogia de Paulo Freire e a resiliência (BARRETO, 2005).

A criação dessa metodologia está embasada e motivada pela constatação de que as pessoas vivenciam diariamente problemas variados, mas e que elas demonstram também que possuem riqueza nas possibilidades de soluções.

O resultado terapêutico é atingido de forma individual, mesmo diante de histórias e narrativas compartilhadas, pois todo participante sente e percebe de acordo com suas vivências pessoais. A presença e participação do outro é importante e é o referencial de apoio e das diferenças culturais

Entendemos que desenvolver atividades de prevenção e inserção social das pessoas que vivem em situação de crise e sofrimento psicossocial é contribuir para o avanço da melhoria da qualidade de vida dentro do ambiente do trabalho e familiar.

Alexandra Gregianin/Ascom Ipuaçu