Ao lançar PAC Equipamentos, Dilma manifesta preocupação com “aventuras fiscais”

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A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem (27), durante o lançamento do PAC Equipamentos, programa de compras governamentais que disponibilizará R$ 8,4 bilhões em 2012, que é importante que o governo e toda a sociedade tenham consciência da gravidade da crise econômica internacional para evitar aventuras fiscais.

"Nós temos esperado a cada reunião dos países europeus, que uma solução mais sistêmica surja e de fato assegure maior nível de confiança. Agora, esse cenário nos preocupa mas não nos amedronta. É importante ter consciência dele para evitar que nesse momento sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo hoje, se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada", disse a presidenta.

Segundo Dilma, o Brasil tem condições de se defender dos efeitos da crise e continuar crescendo, mas, por ter uma situação econômica estável, não pode ter a soberba de considerar-se livre do contágio e "brincar à beira do precipício".

"Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo. É de todo importante que a sociedade, o governo federal, o Legislativo, o Judiciário, as entidades empresariais, enfim, todos nós tenhamos consciência de que a situação internacional é diferente. Nós temos recursos para encontrar um caminho e continuar crescendo. Primeiro, evitar as consequencias e continuar crescendo. Agora, nós não podemos achar que… ter a soberba de achar que podemos brincar à beira do precipício", afirmou.

Dilma afirmou que o PAC Equipamentos é parte do esforço do governo para proteger a produção e os empregos. A presidenta disse estar otimista pois o governo tem os instrumentos para preservar a saúde econômica e as conquistas sociais. De acordo com Dilma, o Brasil não é uma ilha e apesar de sofrer as consequencias da redução do comércio internacional, está em uma situação bastante confortável.

"Nós queremos que esse programa contribua, junto com todas as medidas que tomamos, para melhorar e garantir essa proteção. Serão 8 bilhões e 400 milhões, dos quais mais de 6 bilhões não estavam previstos no orçamento deste ano (…) Considero que uma política de compras governamentais, ela, neste momento, é, sobretudo, uma afirmação de que nós temos mecanismos para enfrentar a crise, e vamos usá-los sem nenhum restrição".

Fonte: Blog do Planalto