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Autoridades e representantes de entidades conhecem situação do frigorífico de peixes

À convite do Executivo Municipal de Abelardo Luz , um grupo de vereadores, empresários e representantes de diversas entidades do município realizaram, na tarde da última sexta-feira (4), uma visita às instalações do imóvel do frigorífico de peixes, às margens da SC-155, na saída para Xanxerê. Participaram da visita representantes de cooperativas, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de igrejas, clubes de serviço e da imprensa local.

A unidade frigorífica, inaugurada em 2009, foi construída com recursos públicos federais e municipais, mas está desativada há mais de dois anos. Em março deste ano, o imóvel, que estava sob cessão de uso para a Cooperativa Coopeal, foi reavido ao patrimônio municipal, mediante mandado de imissão de posse expedido pela Justiça da Comarca de Abelardo Luz.

A estrutura do local, que está bastante depredada pela ação de vândalos, foi apresentada aos visitantes pelo prefeito Wilamir Cavassini, pelo secretário de Administração Nelson Martini e pelo presidente da Comissão de Patrimônio Municipal Orli Paz. Segundo o prefeito, o objetivo da visita é mostrar a real situação e, com o aval da sociedade abelardense, buscar a reativação da unidade, através de uma parceria público-privada.

“Nós temos muito interesse de que o frigorifico volte a funcionar no município. Isso vai beneficiar a todos com novas oportunidades de trabalho, bem como gerar mais rendas aos agricultores que poderão voltar a produzir os peixes. Já pegamos de volta o frigorífico e agora buscamos parceiros para que venham fazer com que esse empreendimento volte a funcionar.Temos duas empresas que já demonstraram muito interesse que é Vipet de Abelardo Luz e a Anhambi Alimentos de Pato Branco”, enfatizou o prefeito.

FÁBRICA DE RAÇÃO

Além da visita às instalações internas da unidade frigorífica, os visitantes conheceram a estrutura da fábrica de ração e o curtume do couro do peixe que ficam na mesma área do imóvel. “A fábrica de ração é de pequeno porte e nunca foi utilizada. Essas duas empresas interessadas, com certeza, não vão ter interesse em tocar, porque ambas têm suas fábricas de ração mais modernas e com maior capacidade de produção, sendo que esse espaço vai ter que ser utilizado para outra finalidade”, comentou Cavassini.

CURTUME DO COURO DO PEIXE

De acordo com o prefeito, o maior problema no momento está na parte do curtume do couro do peixe, empreendimento que vem gerando muita preocupação dentro da Administração Municipal. Segundo ele, a obra ainda não foi concluída e o Município já foi notificado pela Caixa Econômica para que resolva a situação até o prazo de 30 de junho deste ano.

“Se não resolvermos teremos que devolver o recurso, inclusive com valor corrigido. A obra até é possível concluí-la, mas a Caixa exige que se dê finalidade ao objeto, o que nós não temos no momento. Só vai funcionar o curtume do peixe se o frigorifico estiver funcionando”, salientou.

De acordo com o prefeito, a Administração Municipal está trabalhando para buscar uma negociação junto ao Governo Federal para que o município não seja penalizado diante da situação encontrada. Segundo ele, vai ser elaborado um dossiê que será entregue às autoridades federais, entras elas, o deputado federal Valdir Colatto, para que façam a intermediação junto aos órgãos federais responsáveis em Brasília em relação a este caso específico.

“A primeira tentativa nossa é devolver somente o valor não aplicado que fica em torno de R$ 20 mil. Do contrário, não sendo possível isso, vamos pedir para devolver o valor original que é pouco mais de R$ 150 mil. Mas a lei determina que o valor original seja devolvido, mas corrigido e, hoje com certeza, passa de R$ 300 mil”, detalhou Cavassini.

“Estamos buscando fazer todas as tratativas para que o município desembolse o menor valor possível e resolva esse problema porque senão nós teremos notas nas contas especiais e no CADIN (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal), o que vai trancar todos os convênios e paralisar a administração”, afirmou. 

Ascom Abelardo Luz