Conhecida popularmente como papagaio-de-peito-roxo, a ave deixou de mostrar sua beleza ao ser extinta do Parque Nacional das Araucárias nos últimos anos. Mas um projeto do Espaço Silvestre e Instituto Carijós permitiu que a espécie voltasse a ser admirada pelos moradores de Passos Maia e região.

Há dois anos foram soltos 43 papagaios dentro de uma área de 12,8 mil hectares, onde fica o parque, localizado entre os municípios de Passos Maia e Ponte Serrada. Eles possuem um colar e são monitorados por radiofrequência pela equipe do projeto, que visita a região a cada mês.

Nesta sexta-feira, dia 22, as responsáveis pela iniciativa aproveitaram a habitual vinda a Passos Maia para buscar apoio da administração municipal. A doutora em zootecnia, Vanessa Tavares Kanaan, e a mestranda em agrossistemas, Joice Reche, conversaram com o Prefeito Ivandre Bocalon (Evandro).

No encontro elas falaram sobre o projeto, sendo o primeiro de reintrodução de papagaios no Brasil em unidades de conservação federal. O objetivo da visita foi estreitar o contato com o poder público, com vistas a parcerias em uma possível ampliação do projeto, inclusive com foco turístico para longo prazo.

O Prefeito destacou a importância da ação e garantiu apoio. Ele disse que uma das idéias é transformar o trabalho em geração de renda para as famílias. Segundo Evandro, em um primeiro momento, os papagaios poderiam virar tema para a confecção de artesanatos.

Na visão do prefeito e das técnicas do projeto, com a venda dos produtos, além do ganho financeiro, as famílias também estariam contribuindo para conscientizar a população sobre a importância de preservação da espécie, que segue ameaçada de extinção.

Os papagaios são monitorados mensalmente. A expectativa é de que os animais possam se reproduzir e aumentar a população. "Trabalhamos também para orientar a comunidade sobre a captura, que é crime ambiental e com multa de até R$ 5 mil", avisa Vanessa.

O papagaio-de-peito-roxo vive em grupos e se alimenta de frutos, folhas e sementes, incluindo o pinhão. A ajuda de toda a população é importante para que as aves sobrevivam, se reproduzam e aumentem o grupo.

Jhonatan Coppini – Ascom Passos Maia